Fênix: Renascimento
A Fênix é um pássaro da mitologia
grega que, quando morria, renascia das próprias cinzas. Pássaro de força
imensa, era capaz de transportar cargas muito pesadas, como até elefantes. Além
disso, era muito linda, de penas lustrosas, brilhantes, sedosas.
Várias sociedades antigas
cultuaram essa ave como símbolo de vida nova: os povos germânicos, os egípcios,
os russos e outros. Na verdade, os povos do Nilo veneravam essa ave porque ela lembrava
o Sol, que morre em chamas toda tarde e nasce a cada manhã. Para os egípcios,
isso era sinal sinal de esperança, de vida após a morte. Por isso eles sempre
representavam essa ave ao lado de uma estrela de cinco pontas, simbolizando o
sol.
A Fênix tinha penas vermelhas e
douradas, as cores do Sol ao amanhecer, e possuía uma voz linda, que se tornava
triste quando a morte se aproximava. Quando sentia que a morte estava chegando,
a Fênix construía uma pira cheia de ramos de sálvia, canela, mirra, amarrava-se
aos troncos e ateava fogo, morrendo queimada pelas enormes labaredas. Quando
restavam apenas as cinzas, surgia uma nova ave, linda, forte, pronta para voar
de novo pelos céus da liberdade. Na China antiga, essa ave foi transformada em
símbolo da felicidade, da virtude, da força e da inteligência. Na era Cristã,
em seu início, essa ave foi símbolo de renascimento e ressurreição.
A cada dia, na nossa vida,
geralmente precisamos queimar alguma coisa que nem sempre vale mais a pena ter.
Dentro da gente também: sempre vão se acumulando coisas que já não servem mais.
Uma hora tudo se enche, e pode estourar. É o momento da gente escolher o que
queimar na fogueira da justiça e da consciência. Tem tanta coisa que a gente
faz e nunca se perguntou se é certo, se vale a pena continuar fazendo. Será que
respeitei meus pais como eles merecem? Será que respeitei meu colega de sala de
aula como eu gosto de ser respeitado? Será que respeitei meu professor? E será
que me respeitei, tratando a todos que vivem comigo da maneira que eu gosto de
ser tratada?
Quando o sol nasce eu deixo meu coração ser
Fênix, eu deixo meu sonho ser Fênix. Quero o trabalho difícil de começar do
zero sempre que precisar a me obrigar a não realizar meus sonhos. Não tenho
medo de ser Fênix. Hoje, será que cada um de nós é Fênix? Você já tentou ser
uma Fênix, quando a vida exigiu de você? Ou teve medo das chamas da vida, da
responsabilidade?
Vitória
Regina Streit, 6º ano III, Vespertino.