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22 de out. de 2014

Jovem Escritor!Edição 10/2014!

Herói

O menino tinha nascido num hospital de Nova York, nos Estados Unidos da América. Mas seus pais não o queriam.
Era um dia de chuva quando jogaram o menino no rio. E ele desceu rio afora... Esse mesmo rio passava aos fundos do campus da Universidade de Nova York: um grupo de estudantes viu a criança dentro do rio, numa caixa de isopor e resgataram ele. E notaram alguma coisa diferente nele: o tal menino tinha grandes poderes. No dia seguinte, todo mundo da classe que salvara o menino tinha superpoderes, menos a professora. Os estudantes estavam pensando que a mãe do menino era a professora, pois os alunos Paul  e Marcia tinham visto a mestre chorando no começo de uma aula, alguns anos antes. Aliás, esses dois alunos tinham o poder de lançar raios vermelhos pelos olhos e de correr muito...
O menino cresceu e demonstrou ter o poder de sumir de um lado e aparecer em outro. Seu nome era Tobias. O tempo passou, e, anos depois, soube-se que a professora era mesmo a mãe do menino: ela, quando abandonou a criança, não tinha condições de criá-lo.
Quando suas condições de vida melhoraram, ela procurou muito, e encontrou seu filho: pediu desculpas, mas ele não aceitou. Tobias queria respostas, queria saber quem era seu pai. Na verdade, o pai de Tobias era alcoólatra, violento; tinha pressionado a mãe a jogar o filho no rio.
O tempo cruzou e quando se viu Tobias era um homem feito: já tinha 34 anos.  O dia estava frio, nevava, alguém bateu à porta de Tobias: era um velho senhor, com frio e fome. Tobias convidou a entrar, deu-lhe comida e um cobertor, perguntou qual era o nome do velho. Conversaram, e soube-se que o mendigo tinha um filho que abandonara no mundo.
- Quantos anos tinha seu filho da última vez que o viu?
- Da última vez que o vi, ele estava no hospital: era recém-nascido. É uma história triste, eu joguei ele no rio em Nova York. Ele foi rio abaixo, dentro de uma caixa de isopor. O rio passava perto de uma universidade... Não sei o que houve com ele.
- Meu pais também me jogaram ao rio e até hoje ainda não conheço eles.
Depois que o velho foi embora, Tobias pensou que poderia ser filho daquele senhor. Resolveu procurá-lo, solicitou um teste de DNA, o senhor aceitou fazê-lo. E não é que o teste comprovou que Adam, esse era o nome do senhor, era mesmo o pai de Tobias?!
O perdão falou mais alto: Tobias abraçou seu velho pai. De agora em diante tinha alguém de seu próprio sangue a quem chamar de pai. Durante toda uma vida não sabia direito o sentido da palavra ‘’pai’’. Agora talvez descobria. Tarde na vida, mas antes tarde que nunca.
Para falar bem a verdade, o maior presente de Tobias era outra coisa: o perdão. Perdoar é a coisa mais difícil na  vida. E ele perdoou a quem não teve compaixão por ele. Para perdoar é preciso jogar fora o orgulho. Dali para frente, Tobias começou a ser um homem mais feliz. E decidiu permitir que os dias de vida de sua mãe também fossem mais felizes: procurou por ela, e disse que a perdoaria pelos erros do passado. Talvez ele tivesse algum irmão. E pensou: se eu tiver um irmão, será que é parecido comigo?
Quando voltou para casa, depois de perdoar sua mãe, olhou-se ao espelho, e sorriu: era, sim, um grande homem! Um herói!

Gabriel Machado, 6º ano III, matutino.

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