Páginas

9 de set. de 2014

Jovem Escritor! Edição 06/2014


TRABALHO INFANTIL

Eu li um texto chamado ‘’Na escuridão miserável’’, de Fernando Sabino, na escola: no nosso livro de Língua Portuguesa mesmo. E a história que esse texto conta me chamou a atenção, pois fala do dia a dia de uma menina que trabalha igual a um adulto. Ela, com sua pouca idade, já sabe o que é cuidar de uma casa, lavar roupa, varrer o assoalho etc. Sabe, eu fiquei me imaginando naquela situação dela: sem poder estudar, sem um direito a ser feliz. Ou chegar em casa e não ver meus pais ali me esperando, com o almoço quentinho e um sorriso no rosto, a me convidar para a refeição. A menina da história não tinha nada disso. Será que é apenas coisa dos livros, de suas histórias?

Eu creio que o trabalho infantil é uma ‘’coisa’’ que deixa uma criança sem o direito a crescer em paz, com suas brincadeiras de criança, seus encantos da infância. Ainda mais a infância, que é a época dos doces, das brincadeiras sem fim, das ruas coloridas...

Sei que há crianças que catam papel, latas e outros produtos, vendem para reciclagem e conseguem dinheiro para sobreviver. Sei que o peso maior não é o frio ou a fome que muitas crianças trabalhadoras enfrentam, mas o peso de não poderem estudar, de ter acesso aos livros. Um livro não é uma coisa de papel. Não, um livro é tudo. Menos uma coisa de papel, apenas.

E, na verdade, se as pessoas desse mundo, aquelas que tudo podem, quisessem, poderiam ser mais solidárias para com essas crianças. Na verdade, surge uma palavra chamada ‘’ignorância’’, ou o verbo ‘’ignorar’’ diante da realidade dessas crianças. Crianças que só precisariam de comida e casa para que fossem estudar. Como acontece na vida, coisas que são ignoradas, essas crianças de certa forma estão sendo ignoradas.

Precisamos ter mais solidariedade, mais atenção ao próximo, pois o dia de amanhã é incerto demais para se ignorar a condição de nosso semelhante. A criança que hoje não tem uma cama confortável para dormir, comida, roupa e estudo pode ser o futuro cientista de amanhã, capaz de descobrir a cura de várias doenças. E salvar vidas de muita gente.

Afinal, na vida só é preciso uma chance: chance para ser forte, para ser bom, para ter fé e batalhar. Talvez a chance a um olhar: um olhar de respeito e atenção. Olhar de carinho. É o suficiente.

Evely da Silva Rezende, 7º ano II, matutino.

ARRAIÁ DA ESCOLA AMÉLIA DE 2022

 ARRAIÁ DA ESCOLA AMÉLIA realizado no sábado, dia 16/07, no salão principal do centro de eventos de Piratuba, contou com um grande público, ...